A História acontece como tragédia e se repete enquanto farsa. Karl Marx. 18 brumário

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

LULA e os ratos

Blog do Luis Nassif - economia, política, notícias, jornalismo e opinião: "09/11/2009 - 10:11
O resultado do fracasso do modelo fernandista
Por Heber/DF
Da Folha Online
No Brasil, 64% quer maior controle do governo na economia
A pesquisa feita a pedido da BBC em 27 países e divulgada nesta segunda-feira revelou que 64% dos brasileiros entrevistados defendem mais controle do governo sobre as principais indústrias do país.
Não apenas isso: 87% dos entrevistados defenderam que o governo tenha um maior papel regulando os negócios no país, enquanto 89% defenderam que o Estado seja mais ativo promovendo a distribuição de riquezas.
A insatisfação dos brasileiros com o capitalismo de livre mercado chamou a atenção dos pesquisadores, que qualificaram de “impressionante” os resultados do país.
“Não é que as pessoas digam, sem pensar, ’sim, queremos que o governo regulamente mais a atividade das empresas’. No Brasil existe um clamor particular em relação a isso”, disse Steven Kull, o diretor do Programa sobre Atitudes em Políticas Internacionais (Pipa, na sigla em inglês), com sede em Washington.
O percentual de brasileiros que disseram que o capitalismo “tem muitos problemas e precisamos de um novo sistema econômico” (35%) foi maior que a média mundial (23%)."
A maior burrice da oposição – ao permitir que o debate político fosse comandado pela mídia desembestada – foi ter fechado os olhos para as principais características do alvo a ser criticado: o governo Lula.
Desde que a Bolsa Família surgiu, lá atrás, assim que entendi os conceitos que a moviam, alertei aqui que seria um divisor de águas. Quando o PAC foi anunciado, procurei entender os mecanismos de controle e de gestão, e ficava claro tratar-se de um avanço extraordinário, aproveitando mas avançando experiências embrionárias que acabaram não dando certo na época, mas que deixaram sementes: como o Avança Brasil.
Por não entender a dinâmica da economia e da construção social, pela profunda ignorância na avaliação de situações dinâmicas, os colunistas da Globo – coordenados por Ali Kamel, esse gênio da raça – trataram de avançar contra o Bolsa Família como esses boxeadores bisonhos, que só sabem lutar de cabeça baixa, sem enxergar o inimigo, limitando-se a dar murros ao léo. Três ou quatro anos atrás o Projeto Brasil realizou um Seminário inesquecível, sobre “O Consumidor Invisível”, mostrando o extraordinário potencial que vinha a caminho.
Agora, à medida que os meses vão passando, vai caindo a ficha da parte mais inteligente da oposição, que entende as repercussões sociais e econômicas desse novo modelo. Só que a oposição perdeu quatro anos de discursos inúteis, que a marcaram como anti-social e despreparada.
Luiz Inácio Lula da Silva está em plena atividade. Sorrindo amplamente e de charuto favorito na mão, o presidente do Brasil narra com entusiasmo o dia em que disse não para o Fundo Monetário Internacional. “Eu chamei o [Rodrigo de] Rato [ex-diretor] no FMI e disse que não queria o dinheiro dele. Ele ficou realmente chateado“, ri. “O Rato disse: ‘Mas os empréstimos para o Brasil são realmente importantes para mim’“. Para Lula e seus 190 milhões de compatriotas, a memória do Brasil regularmente indo de chapéu na mão para o FMI ainda irrita. Apenas uma década atrás, na esteira da crise financeira asiática e russa, o Brasil foi forçado a desvalorizar sua moeda, o real, e recorrer a empréstimos de emergência do FMI. Mas agora as mesas foram viradas. “Nós fomos um dos últimos países a entrar em crise e fomos um dos primeiros a sair”, diz o primeiro ex-torneiro mecânico de 64 anos a ser eleito presidente, em 2002. Para o próximo ano, o último do seu mandato, está confiante que a economia do Brasil vá crescer mais do que saudáveis 5%. “Não muito tempo atrás eu costumava sonhar em acumular US$ 100 bilhões em reservas cambiais”, diz, ainda sorrindo amplamente. “Logo nós vamos ter US$ 300 bilhões“.

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