A História acontece como tragédia e se repete enquanto farsa. Karl Marx. 18 brumário

quinta-feira, 14 de maio de 2009

SUPREMO MINISTRO

Supremo ministro

Naquele 22 de abril de 2009, nenhum nobre navegante português ousaria nos "descobrir". Descobertos fomos pelos olhos e pela voz do primeiro negro que, com altivez e coragem, no topo da nau capitânia do judiciário, admoestou o pretenso comandante.
Naquele 22 de abril de 2009, não caberia um 7 de setembro em que o filho do rei, futuro imperador do país, daria gritos de independência às margens de um riacho qualquer; ali, ouvimos o brado da liberdade e da insubmissão da voz abafada do povo, silenciada por séculos pelos donos do poder, através de sucessivos crimes de lesa-cidadania: "Respeito, ministro! Vossa Excelência não tem condições de dar lição de moral em ninguém!"
Naquele 22 de abril de 2009, nenhuma princesa "bondosa" assinaria uma vaga lei que nos concedia liberdade, mas nos cassava a condição de cidadãos, proibindo-nos o voto, a escola de qualidade e o trabalho digno; presenciamos, sim, a abolição proclamada em nossas almas, 121 anos depois, pela voz corajosa de um Luís Gama redivivo, encarnando todos os quilombos massacrados e abrindo os portões de todas as senzalas: "Vossa Excelência não está nas ruas; está na mídia destruindo a credibilidade de nossa justiça!"
Naquele 22 de abril de 2009, nenhum marechal, de pijama, ousaria proclamar república nenhuma; o pacto de poder que condenou a maioria de nossa gente a ser um povo de segunda classe viu-se desmascarado pela indignação patriótica de um João Cândido reeditado, que fez a chibata girar em movimento contrário, açoitando o lombo dos que se acostumaram a bater, por séculos a fio: "Respeito, ministro! Vossa Excelência não está falando com seus capangas do Mato Grosso!"
Naquele dia, Ogum, Xangô e Oxóssi desceram os três num corpo só e reafirmaram a presença arquetípica da África dentro de nós. Todos os movimentos aparentemente derrotados dos nossos heróis anônimos puseram-se de pé, vitoriosos, mesmo que não tivessem vencido uma só batalha. A Revolta dos Búzios, a Revolução dos Malês, o Quilombo dos Palmares, todos, reencenaram seus teatros de operação e puderam, séculos depois, derrotar simbolicamente o inimigo.
Naquele dia, saíram às ruas todas as escolas de samba, de jongo, todos os blocos afros; bateram os candomblés e as giras de umbanda, a procissão da Boa Morte, o Bembé do Mercado de Santo Amaro; brilharam os pequenos olhos da criança negra recém-nascida ao descortinar a luz azul de um futuro melhor.
Naquele dia, materializando todos os nossos sonhos e desejos secularmente negados, Vossa Excelência deixou de ser apenas um ministro do Supremo Tribunal Federal para tornar-se o supremo ministro de todos os brasileiros.
* Por Jorge Portugal, educador e poeta. Publicado no jornal A Tarde, da Bahia, de 28.4.09

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Twarres - Wêr Bisto

Twarres é uma banda pop holandesa que canta em ingles ou no seu dialeto nativo da West Frisian language. Seu som é harmonico focado em instrumentação acustica tal qual pianos e violinos.
O olho é de minha linda carolina.

Cantado na língua frísia do oeste.
Inglês / Português
When I saw you long ago / Quando eu a vi há muito tempo
How does it hurt when I think of it again / Como dói quando eu penso novamente nisto
I see you / Eu a vejo
I hear you / Eu a ouço
I feel you, everytime again / Eu a sinto, todo o tempo novamente
Here I am / Aqui eu estou
Where are you / Onde está voce
It's been a long time / Já faz muito tempo
Here I am ? aqui eu estou
Where are you / Onde está voce
It's been too long / Já é demasiado
You are nothing else but sweet / Você é nada, mas docemente
For you do nothing wrong / Para que você não faça nada erradamente
I love you, just the way you are / Eu a amo, só pelo modo que você é
You have to know that / Você tem que saber isso
Here I am
Where are you
It's been a long time
Here I am
Where are you
It's been too long
I see you
I hear you
I feel you, everytime again

terça-feira, 5 de maio de 2009

Tortura em transe

Tortura em transe

Não punir torturadores é usar o esquecimento como princípio organizador da ação jurídico-política. É tomar o torturado como um corpo sobre o qual se pode agir perpetuamente, já que simbolicamente continua detido.

Gilson Caroni Filho

Agência Carta Maior

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