A História acontece como tragédia e se repete enquanto farsa. Karl Marx. 18 brumário

domingo, 26 de julho de 2009

O Darwinismo e a psicanálise

O mundo nunca foi mais o mesmo depois de Charles Darwin. Até a publicação de seu livro fundamental, “A origem das espécies”, vigorava a noção de que a espécie humana surgira na Terra por obra divina e que, portanto, não haveria correlação alguma entre o homem e os animais.

Pela teoria da seleção natural, inconteste, Darwin situou o homem no reino animal. Seus achados nos fornecem fundamentos para conceber a existência de um ancestral comum entre espécies hoje muito diferentes. Assim, podemos nos sentir como primos não tão distantes de morcegos, baleias e macacos. Sua teoria explica o surgimento, o desenvolvimento e a sobrevivência das espécies ao longo das pressões evolutivas distribuídas ao longo do tempo.

As conseqüências dessas idéias são muitas e muito importantes na nossa vida. A exposição exemplifica isso claramente nos campos da genética, ecologia, medicina e farmacologia. Mas é possível ir ainda mais longe.

Na psicologia, algumas lições fundamentais sobre o comportamento do homem derivam de estudos com animais. Quem é que nunca ouviu sobre os famosos experimentos com ratos em labirintos ou gaiolas de treinamento? A noção da familiaridade entre espécies tão distintas, como homens e ratos, só é fornecida pela evolução de acordo com fundamentos darwinistas. Aliás, o próprio Darwin se interessou pelas semelhanças entre as respostas emocionais de homens e animais em um de seus livros.

Darwin também deixou sua marca na psicanálise. Freud, que já chegou a se referir ao pai da teoria da seleção natural como “o grande Darwin”, foi ele mesmo um sagaz teórico da vida instintiva do homem. Quando ainda era estudante de medicina, Freud chegou a dizer a um amigo que gostaria de ter um navio no oceano com todos os equipamentos de que um pesquisador precisa. Mal sabia ele que no futuro navegaria num navio chamado psicanálise pelas turbulentas marés do psiquismo. Mas muito mais do que um modelo de cientista, Darwin legou a Freud a percepção do lado animal do ser humano. Não é possível estudar psicanálise (ou compreender psicanaliticamente o homem) sem considerar a porção animal e primitiva que subjaz à mente humana e cuja natureza às vezes se esconde por trás de nossa aparência civilizada.

Conhecer ou revisitar Darwin, enfim, é mais que aproximar-se da natureza; é também a contemplação da natureza do próprio homem, da vida dentro de si e suas revoluções.

Desculpem-me. Não tenho estes créditos. Li em algum blog. Desculpe-me o autor. Gostaria de lembra o link pra dar os devidos créditos.

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